sábado, 23 de abril de 2016

Resenha: A Sereia

Conheça Kahlen, uma jovem que foi salva de um naufrágio pelo ser mais improvável: a Água.
Para pagar sua “dívida” ela se torna uma sereia e deve ser a Água por cem anos usando sua voz apenas para atrair pessoas para a morte. Kahlen está se saindo bem e já conseguiu cumprir mais da metade do seu tempo de sereia, tudo o que ela quer agora é continuar a viver sua pacata e isolada vida com suas irmãs sereias até ser libertada da sua horrível existência como “imortal”.
As coisas mudam quando Kahlen encontra Akinli, o único garoto em oitenta anos que conseguiu vê-la através de sua face de sereia.

A obediência foi o que manteve Kahlen viva, sua lealdade a Água tornou mais fácil lidar com a vida de assassina, mas o que ela fará quando tudo está prestes a dar errado por um garoto que nunca ouviu sua voz?

Minha Opinião: Foi muito diferente do que eu esperava. Entenda, quando se lê tantos livros de um autor como eu li os da Kiera – olá livros de “A Seleção” e seus complementos lançados em e-book – , você termina criando pré-conceitos quanto a forma de trabalhar do autor. Talvez essa tenha sido meu erro.
Kahlen é o tipo de mocinha romântica que você se apega só depois de muito tempo, no início ela se parece com um robô que apenas vive para alimenta a Água com naufrágios e nada mais. Até mesmo suas irmãs sereias, Elizabeth e Miaka, concordam que ela não sabe viver.
Elizabeth é como uma irmã chata, irritando e popular que você se apaixona por ver os momentos em que ela age como alguém preocupada e amável. A sereia é uma baladeira de primeira e viciada em compras, simplesmente a amei.
Miaka é um pouco mais reservada, mas ainda tem qualidades em comum com a Elizabeth e não dispensa uma boa festa.  
Quando comecei a gostar da Kahlen? Quando ela conheceu o Akinli e olha que posso ter gostado tanto dele que me influenciou a gostar dela!
Mocinhos fofos e românticos são algo que Kiera traz em todas as suas obras e nessa não podia ser diferente. Além de ver Kahlen por trás de sua armadura, o garoto consegue encantar a todos com seu carisma e simpatia. Ele até divide bolos com estranhos!
Kahlen começa a mostrar um lado mais humano e menos robô quando está junto com o garoto, ela passa a viver.
O final do livro foi lindo e confesso que chorei, mas após ler a última página senti que faltou algo mais.
Pode ser que o romance tenha ficado um tanto “forçado” – foi quase um filme da Disney–, ou o fato dos personagens criarem uma grande dependência um pelo outro.
Diferente é a palavra que define esse livro, foi diferente de “A Seleção” e de todas as histórias sobre sereias por não seguir uma mitologia certa sobre elas, não temos elementos de sedução como nas histórias em que os marinheiros se matavam por elas nem caranguejos dançantes como nos filmes de A Pequena Sereia, apenas temos uma garota de pele fria e um garoto que vai ser seu primeiro amor.



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